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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Estratégias Sem Remédios para Diminuir a Pressão Arterial

Pressão Arterial


13 Setembro 2017

Por Dr. Mercola

 
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention-CDC), um em cada três adultos (cerca de 70 milhões de pessoas) tem pressão alta.

Cerca de metade possui uma hipertensão descontrolada, o que aumenta seu risco de desenvolver diversos problemas de saúde graves, incluindo:

  • Doença cardíaca
  • Derrame
  • Doença renal
  • Declínio cognitivo, demência e mal de Alzheimer
Globalmente, mais de um bilhão de pessoas luta contra a hipertensão arterial e a prevalência quase dobrou nas últimas quatro décadas.

Em geral, os homens tendem a ter uma pressão arterial mais elevada do que as mulheres e, embora as nações com alta renda tenham visto um declínio significativo na hipertensão, a prevalência em países de baixa e média renda, como o sul da Ásia e a África, tem aumentando. 


O que Causa uma Pressão Arterial Elevada?

  • Resistência à insulina e à leptina. À medida que seus níveis de insulina e leptina aumentam, isso faz com que sua pressão arterial aumente.
  • Níveis elevados de ácido úrico também estão significativamente associados à hipertensão, de modo que qualquer programa adotado para tratar a pressão arterial elevada também precisa normalizar seu nível de ácido úrico
  • Foi demonstrado que ter tido uma má nutrição na infância aumenta o risco de hipertensão na idade adulta
  • Exposição ao chumbo
  • Poluição do ar. A poluição do ar afeta a pressão arterial ao causar inflamação, enquanto a poluição sonora impõe um efeito através dos seus sistemas nervoso e hormonal.

Você Tem Uma Pressão Arterial Elevada?

A leitura da pressão arterial mostra dois números. O número superior ou o primeiro é a leitura da sua pressão arterial sistólica. O número inferior ou o segundo é a sua pressão diastólica. Por exemplo, uma leitura da pressão arterial de 120 sobre 80 (120/80) significa que você tem uma pressão arterial sistólica de 120 e uma pressão arterial diastólica de 80.

Sua pressão sistólica é a maior pressão nas suas artérias. Ocorre quando os ventrículos se contraem no início do seu ciclo cardíaco. A pressão diastólica refere-se à menor pressão arterial e ocorre durante a fase de repouso do seu ciclo cardíaco. Idealmente, sua pressão arterial deve ser de cerca de 120/80 sem medicação.

Se você tem mais de 60 anos, sua pressão sistólica é o fator de risco cardiovascular mais importante. Se você tem menos de 60 anos e não possui outros fatores de risco importantes para doenças cardiovasculares, sua pressão diastólica é considerada um fator de risco mais importante.

De acordo com as orientações emitidas pelo Joint National Committee (JNC) sobre Prevenção, Detecção, Avaliação e Tratamento da Pressão Arterial Elevada em 2014, as seguintes classificações de pressão arterial são usadas para determinar se você pode estar sofrendo de hipertensão:

Classificação da pressão arterial Pressão Sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg)

Normal                                               < 120                                       < 80

<120 br="" nbsp="">

Pré-hipertensão                                120-139                                    80-89


Hipertensão Estágio 1                       140-159                                    90-99


Hipertensão Estágio 2                       ≥160                                          ≥100

Como Evitar um Falso Diagnóstico de Hipertensão

  • Tamanho incorreto do manguito de pressão arterial: se você está com excesso de peso, fazer sua leitura de pressão arterial com um manguito de tamanho “médio” pode levar a uma leitura falsa de pressão arterial elevada, portanto, verifique se o seu médico ou profissional de saúde está usando o manguito com o tamanho certo para o seu braço.
  • Posição incorreta do braço: se a sua pressão arterial for tomada enquanto seu braço estiver paralelo ao seu corpo, sua leitura pode ser até 10 por cento maior do que ela realmente é. As leituras de pressão sanguínea sempre devem ser tomadas com o braço em um ângulo reto em relação a seu corpo.
  • Nervosismo: a “hipertensão do jaleco branco” é um termo usado para quando uma leitura da pressão arterial elevada é causada pelo estresse ou medo associado a uma visita ao médico ou ao hospital. Essa pode ser uma preocupação transitória porém séria. Se isso se aplica a você, a redução do estresse é a chave.
Para diminuir o risco de ser falsamente diagnosticado com hipertensão nesta situação, tome um momento para se acalmar (certifique-se de chegar à sua consulta antes da hora para que você possa relaxar), então respire profundamente e relaxe quando estiver tomando sua pressão arterial.
 

O Suco de Beterraba pode Ajudar a Diminuir a Pressão Arterial

Outro alimento que se descobriu ter um efeito benéfico sobre a pressão arterial é o suco de beterraba. Em um pequeno teste controlado com placebo, um copo (250 mililitros ou 8,5 onças) de suco de beterraba por dia durante um mês reduziu a pressão arterial naqueles com diagnóstico de hipertensão em uma média de 8 mmHg na pressão sistólica e 4 mmHg na pressão diastólica.

Esta redução de 8/4 mmHg é muito próxima da proporcionada por mediações de pressão arterial, que tipicamente podem reduzir a pressão arterial em cerca de 9/5 mmHg e, para muitos, foi suficiente para reduzir a sua pressão arterial para níveis normais. O grupo de tratamento também viu uma melhoria de 20% na capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos e uma redução de 10 por cento na rigidez arterial.

No entanto, dentro de duas semanas após terem parado de tomar o suco, a pressão arterial retornou aos seus níveis anteriores, então você teria de continuar a beber o suco regularmente. Por esse motivo, eu recomendaria não considerar o suco de beterraba como a solução principal. Uma estratégia melhor seria incorporar um copo de suco de beterraba como uma solução de curto prazo enquanto você está implementando outras mudanças na dieta e exercícios.

Os efeitos benéficos estão relacionados ao nitrato (NO3) encontrado no suco de beterraba. Seu corpo converte o NO3 em nitrito bioativo (NO2) e óxido nítrico (NO), sendo que este último ajuda a relaxar e a dilatar os vasos sanguíneos e ajuda a prevenir coágulos sanguíneos. Outros
vegetais ricos em NO3 incluem: 
  • Rabanetes
  • Couve
  • Aipo
  • Folhas de mostarda
  • O topo do nabo
  • Espinafre
  • Repolho
  • Berinjela
  • Alho-poró
  • Cebolinha
  • Vagens
  • Cenouras

Estratégias Principais de Estilo de Vida para Diminuir a Pressão Arterial

Em resumo, aqui estão várias sugestões que podem ajudar a diminuir sua pressão arterial naturalmente.

Trate a sua resistência à insulina e à leptina

Como mencionado anteriormente, ter uma pressão arterial elevada está tipicamente associado à resistência à insulina, que resulta de uma dieta muito rica em açúcar. À medida que seu nível de insulina se eleva, o mesmo acontece com a sua pressão arterial.

A insulina armazena o magnésio, mas se seus receptores de insulina estão embotados e suas células se tornam resistentes à insulina, você não pode armazenar o magnésio e ele sai do seu corpo através da urina.

O magnésio armazenado em suas células relaxa os músculos. Se o seu nível de magnésio é muito baixo, seus vasos sanguíneos se constringem em vez de relaxar, e essa constrição aumenta a pressão arterial.

A frutose também eleva o ácido úrico, que aumenta a sua pressão arterial ao inibir o NO nos seus vasos sanguíneos (o ácido úrico é um subproduto do metabolismo da frutose. Na verdade, a frutose normalmente gera ácido úrico poucos minutos após ser ingerida). O NO ajuda seus vasos a manter sua elasticidade, portanto, a supressão do NO leva ao aumento da pressão arterial.

Se você é saudável e quer manter-se assim, a regra geral é manter seu consumo total de frutose em 25 gramas por dia ou menos. Se você tiver resistência à insulina e/ou tem pressão alta, mantenha seu consumo total de frutose em 15 gramas ou menos por dia até seu problema de saúde ser resolvido.

Coma comida de verdade


Uma dieta com alimentos processados, repleta de carboidratos líquidos (carboidratos sem fibra como açúcar, frutose e grãos) e gorduras trans (margarinas e óleos vegetais) é uma receita para a hipertensão. Em vez disso, faça dos alimentos in-natura, idealmente orgânicos, o foco da sua dieta.

Também lembre-se de trocar os carboidratos sem fibra por gorduras saudáveis, como abacates, manteiga feita a partir de leite orgânico cru de animais alimentados com capim, gemas de ovos orgânicos de animais criados com pasto, cocos e óleo de coco, oleaginosas cruas como pecãs e macadâmia, carnes de animais alimentados com grama e carne de aves alimentadas com pasto.

Leve em conta a sua proporção de sódio X potássio

De acordo com Lawrence Appel, o principal pesquisador da dieta DASH e diretor do Centro Welch para Prevenção, Epidemiologia e Pesquisa Clínica da Universidade Johns Hopkins, sua dieta como um todo é a chave para controlar a hipertensão - não somente a redução de sal.
 

 Ele acredita que uma grande parte dessa equação se deve a esse equilíbrio de minerais - ou seja, a maioria das pessoas precisa de menos sódio e mais potássio, cálcio e magnésio. De acordo com Appel: “Níveis mais elevados de potássio embotam os efeitos do sódio. Se você não consegue ou não vai reduzir o sódio, adicionar potássio pode ajudar. Mas fazer os dois é melhor”.

Realmente, manter uma proporção adequada de potássio X sódio na sua dieta é muito importante, e a hipertensão é apenas um dos muitos efeitos colaterais de um desequilíbrio. Uma dieta com alimentos processados praticamente garante que você terá uma proporção desequilibrada de muito sódio para potássio. Fazer a troca de alimentos processados por alimentos in-natura irá melhorar automaticamente seus índices.

Consuma Muitos Vegetais

Fazer sucos de vegetais (Juicing) é uma maneira simples de aumentar a quantidade de
vegetais na sua dieta, e muitos vegetais ricos em NO3 (que elevam o seu nível de NO) são adequados a essa técnica, como beterrabas, couves, aipo, espinafre, cenouras e muito mais. O alho, alho-poró, chalota e cebolinha ricos em alicina também ajudam a melhorar a sua pressão arterial e são fáceis de adicionar a saladas e a vários pratos.
 

Otimize seu nível de vitamina D

Aumente o seu consumo de ômega-3 de origem animal

A melhor maneira de aumentar o seu ômega-3 é comer bastantes peixes oleosos que possuam pouco mercúrio e outros poluentes. Boas opções incluem o salmão selvagem do Alasca, sardinha e anchovas. Alternativamente, tome um suplemento de óleo de krill ou de peixe de alta qualidade. Conforme observado anteriormente, o óleo de krill tem certas vantagens sobre o óleo de peixe, e é por isso que eu o prefiro.

Considere fazer jejum intermitente


O jejum intermitente é uma das formas mais eficazes que eu encontrei para normalizar sua sensibilidade à insulina/leptina. Não é uma dieta em termos convencionais, mas sim uma forma de programar sua alimentação de forma a promover o uso eficiente de energia.

Essencialmente, o jejum intermitente significa consumir suas calorias durante uma janela de tempo específica do dia e escolher não comer alimentos durante o resto dele. Quando você come, seu corpo reage elevando a insulina e a leptina.

Exercite-se regularmente


Um programa de condicionamento físico completo pode ajudar muito a recuperar sua sensibilidade à insulina e normalizar sua pressão arterial. Para colher os maiores benefícios, recomendo incluir exercícios intervalados de alta intensidade à sua rotina.

Se você tiver resistência à insulina, você também deve incluir treinamento com pesos. Quando você exercita grupos musculares individuais, você aumenta o fluxo sanguíneo para esses músculos e um bom fluxo sanguíneo aumentará sua sensibilidade à insulina.

Eu também recomendo treinar a respiração pelo nariz quando for se exercitar, pois a respiração bucal durante o exercício pode elevar a frequência cardíaca e a pressão arterial, resultando em fadiga e tonturas.

Evite fumar e outras formas de poluição

É sabido que o tabagismo contribui para uma pressão arterial elevada, assim como outras formas de poluição do ar, e até mesmo a poluição sonora. Para resolver isso, evite fumar, considere usar tampões de ouvido durante o sono se você mora em um bairro barulhento (uma vez que você não possa se mudar) e tome medidas para melhorar a qualidade do ar dentro da sua casa.

Ande com os pés descalços

Andar com os pés descalços o ajudará a aterrar-se à terra. As experiências mostram que caminhar com os pés descalços do lado de fora (também conhecido como ligação à terra ou aterramento) melhora a viscosidade do sangue e o fluxo sanguíneo, o que ajuda a regular a pressão arterial. Então, faça um favor a si mesmo e livre-se dos seus sapatos de vez em quando.

O aterramento também acalma seu sistema nervoso simpático, o que dá suporte à variabilidade da sua frequência cardíaca. Isto, por sua vez, promove homeostase, ou equilíbrio, no seu sistema nervoso autônomo. Em essência, sempre que você melhora a variabilidade da frequência cardíaca, você está melhorando seu corpo inteiro e todas as suas funções.

Trate o seu estresse

A conexão entre o estresse e a hipertensão está bem documentada, mas ainda não recebe a ênfase que merece. Na verdade, foi demonstrado que as pessoas com disfunção cardíaca podem reduzir o risco de eventos cardíacos subsequentes em mais de 70% simplesmente ao aprenderem a administrar seu estresse.

As emoções negativas suprimidas, como medo, raiva e tristeza, podem limitar severamente a sua capacidade de lidar com os inevitáveis estresses da vida diária. Os próprios eventos estressantes por si só não são prejudiciais, mas sim a sua falta de capacidade de lidar com eles.



OBS: Veja também este artigo.

Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/09/13/como-reduzir-a-pressao-arterial.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_lead&utm_campaign=9132017_como-reduzir-a-pressao-arterial

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Alimentos a Serem Evitados se Você Tem Acne

açúcar doce

20 Março 2017
Por Dr. Mercola

Quase 85 por cento das pessoas têm acne em algum momento de suas vidas, tornando a acne a doença de pele mais comum nos EUA. Enquanto a acne geralmente começa durante a puberdade, ela não está restrita a adolescentes e pode impactar qualquer faixa etária - até mesmo quando você estiver com seus cinquenta anos e até mesmo além disso.
 
Embora não seja fisicamente perigosa, a acne pode cobrar um preço psicológico considerável. Algumas pessoas que sofrem com ela tornam-se tão inibidas e constrangidas que suas vidas profissionais e pessoais são afetadas, levando a sentimentos crescentes de alienação, depressão e isolamento social.
 
Muitos acreditam equivocadamente que a acne é principalmente um problema estético, mas é realmente sinal de um desequilíbrio mais profundo em seu organismo, muitas vezes em seu intestino. A maioria dos médicos deixa de ver esta conexão inteiramente, receitando ao invés disso remédios para a acne e outros tratamentos tópicos. 
 
Os americanos gastam mais de US$ 2,2 bilhões todos os anos em tratamentos contra acne, incluindo produtos receitados e de venda livre, mas a maioria irá se mostrar inútil se você ignorar a causa fundamental da maioria das acnes – uma dieta inadequada.

Desesperado para Limpar a Sua Pele? Pare de Comer Glúten e Grãos

A doença celíaca em pleno desenvolvimento, que é uma forma extrema de sensibilidade ao glúten que faz com que ambos os sistemas imune adaptativo e inato ataquem o seu intestino delgado, afeta cerca de 1,8 por cento das pessoas nas culturas ocidentais.
Mas a sensibilidade ao glúten não celíaca pode afetar na verdade de 30 a 40 por cento da população, e de acordo com o Dr. Alessio Fasano do Hospital Geral de Massachusetts, praticamente todos nós somos afetados em algum grau.Isso ocorre porque todos nós criamos uma substância chamada zonulina no intestino em resposta ao glúten.
 
As proteínas glutinosas, encontradas no trigo, cevada e centeio, conhecidas como prolaminas, podem tornar seu intestino mais permeável, o que permite que proteínas parcialmente digeridas, que de outra forma teriam sido excluídas, entrem na corrente sanguínea, sendo que qualquer uma delas pode sensibilizar seu sistema imunológico e promover a inflamação, o que pode contribuir para o agravamento da acne.
 
Uma vez que o glúten sensibilize o seu intestino, ele torna-se mais permeável e todo o tipo de componente bacteriano intestinal e proteínas dietéticas anteriormente excluídas - incluindo caseína e outras proteínas lácteas - têm acesso direto à corrente sanguínea, complicando ainda mais a situação do sistema imunológico.
Se você tem acne, deve tentar eliminar o glúten e outros alimentos contendo lectina, embora eu realmente recomende que todos que estejam seguindo o meu plano de nutrição para iniciantes eliminem todo o glúten de suas dietas.

 
Entre os alimentos mais importantes a serem evitados estão os grãos que contêm as proteínas prolamina, que são pegajosas e difíceis de digerir, como o trigo, cevada, centeio e sim, até mesmo aveia, arroz e milho. No entanto, eu não recomendo que você pare por ai…

Evite Todos os Grãos (e Açúcar) se Você Tiver Acne

Enquanto os grãos de glúten devem certamente ser eliminados se você luta contra a acne, eu recomendo que você evite todos os tipos de carboidratos refinados também. A acne não é um grande problema em sociedades não ocidentalizadas, onde carboidratos refinados e açúcar são consumidos em quantidades muito menores. Dietas ricas em açúcar e carboidratos refinados são uma das principais causas da acne.
 
Quando você come carboidratos de grãos e açúcar / frutose, isso provoca um aumento de insulina e um fator de crescimento semelhante à insulina chamado IGF-1 em seu corpo. Isso pode levar a um excesso de hormônios masculinos, como a testosterona, que fazem com que seus poros secretem sebo, uma substância gordurosa que atrai bactérias causadoras da acne.
 
Além disso, o IGF-1 faz com que as células da pele conhecidas como queratinócitos se multipliquem, um processo que também está associado à acne. Além disso, estes mesmos alimentos - carboidratos refinados, como frutose, açúcar e grãos - também irão aumentar a inflamação em seu corpo, desencadeando a acne, e ao mesmo tempo, eles também irão causar estragos na composição das suas bactérias intestinais, como mencionado acima.
 
De fato, em 2007, um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition descobriu que homens jovens (idades entre 15 e 25 anos) com problemas de acne que foram colocados em dietas com baixo índice glicêmico por 12 semanas mostraram melhorias significativas na acne e sensibilidade à insulina. Pesquisas publicadas no ano passado também descobriram que uma dieta com alto índice glicêmico e um consumo frequente de produtos lácteos estavam ligados à acne.

Coma Legumes À Vontade, e Limite os Alimentos Processados para Controlar o Desenvolvimento da Acne

Qualquer refeição ou lanche rico em carboidratos refinados (ou seja, grãos e açúcares) irá gerar um rápido aumento da glicose no sangue. Para ajustar este aumento rápido, seu pâncreas secreta o hormônio insulina em sua corrente sanguínea.
 
Os altos níveis de açúcar no sangue causam picos repetidos na insulina e isso faz com que as células se tornem "resistentes à insulina", o que leva à produção de níveis ainda mais altos de insulina e, eventualmente, à resistência à insulina, outro fator principal ligado à acne.
 
A secreção de insulina prolongada e excessiva também pode eventualmente queimar as células beta pancreáticas que a produzem, levando à "diabetes dupla", uma mistura dos tipos 2 e 1.
 
É por isso que, se você luta contra a acne, você deve evitar todos os alimentos que contribuem para a resistência à insulina (ou seja, açúcar e grãos), não apenas os grãos contendo glúten. A melhor maneira de saber se você tem resistência à insulina / leptina é medindo o seu nível de insulina em jejum. Se estiver abaixo de 3, você provavelmente não tem resistência.
 
No entanto, se você está acima do peso, tem pressão alta, diabetes, câncer ou níveis anormais de colesterol, é provável que tenha algum grau de resistência à insulina / leptina e você provavelmente se beneficiaria ao restringir a ingestão de açúcares e grãos até que estas condições sejam resolvidas.
 
Você ficará feliz em saber que simplesmente eliminar grãos, açúcares (particularmente da frutose), cereais, batatas, milho, arroz, massas, alimentos processados, etc., melhora radicalmente a acne para a maioria das pessoas. As frutas contém uma quantidade razoável de frutose, por isso devem ser consumidas em quantidades limitadas se você tem predisposição à acne. Ou, pelo menos, prefira as frutas com baixo teor de açúcar e alto teor de nutrientes como as bagas.
 
E os sucos de frutas devem ser rigorosamente evitados, uma vez que o açúcar está muito concentrado neles, sem o efeito de absorção das fibras, pectina e outros cofatores alimentares presentes na fruta inteira, pura e orgânica. Porém os sucos de vegetais frescos são ótimos, especialmente os sucos de verduras, assim como a maioria dos vegetais, que são lentos na sua decomposição até virarem açúcares simples, com um impacto mínimo de insulina.

Por que Otimizar Sua Saúde Intestinal Pode Ajudar Com a Acne

Quando você faz uma limpeza em sua dieta como descrito acima, sua saúde intestinal naturalmente irá melhorar. Você pode ajudá-la ainda mais consumindo alimentos fermentados regularmente, para incentivar o crescimento de micro-organismos benéficos, o que beneficiará a saúde de sua pele de várias maneiras.
 
Para começar, sinais dos seus micro-organismos intestinais são enviados por todo o corpo e interagem com os organismos na sua pele e mucosa intestinal. Os pesquisadores estão analisando como essas interações podem ajudar doenças de pele como a secura, melhorar o colágeno ou estabilizar a microflora em sua pele para ajudar com as irritações. Conforme observado por pesquisadores da Gut Pathogens:

"As linhas de comunicação, tais como aquelas mediadas por micróbios intestinais, podem ser diretas e indiretas - influenciando por fim o grau de acne por um efeito sistêmico na inflamação, estresse oxidativo, controle glicêmico, níveis de lipídios teciduais, bactérias patogênicas, bem como níveis de neuropeptídeos e neurotransmissores reguladores do humor. …
Parece haver evidências suficientes para sugerir que os micróbios intestinais e a integridade do trato gastrointestinal propriamente dito são fatores contribuintes no processo da acne."
Outra conexão interessante é feita através de sua saúde emocional, já que o estresse pode, também, causar acne através de sua conexão intestino-cérebro. Uma pesquisa feita pelos dermatologistas John Stokes e Donald Pillsbury conduzida por mais de 70 anos sugeriu que suas emoções poderiam alterar a microflora em seus intestinos, o que poderia portanto contribuir para a inflamação sistêmica agravando a acne e outras doenças de pele.
 
Em 2011, pesquisadores validaram essa conexão, observando que:

"Estudos experimentais mostram que o estresse psicológico estagna o tempo normal de trânsito intestinal, estimula o crescimento excessivo de bactérias e compromete a barreira intestinal. SIBO [small intestinal bacterial over growth - sobrecrescimento bacteriano do intestino delgado] está fortemente associado com a depressão e a ansiedade, enquanto a erradicação do SIBO melhora os sintomas emocionais.
Embora a frequência do SIBO na acne vulgaris ainda não tenha sido investigada, um relatório recente indica que o SIBO é 10 vezes mais prevalente naqueles com acne rosácea versus controles saudáveis. A correção do SIBO leva a uma melhora clínica acentuada em pacientes com rosácea."

Controlar a Acne Exige uma Abordagem de Corpo Inteiro

Sua pele é o maior órgão do seu corpo, e um órgão de eliminação (por exemplo, transpiração), razão pela qual os problemas em sua superfície são muitas vezes um sinal de questões subjacentes. Sua pele é um reflexo de sua saúde geral, razão pela qual os medicamentos para acne tópicos (ou pior, sistêmicos) não irão curar o problema (e podem resultar em efeitos secundários graves).
 
Tratar a acne exige uma abordagem de corpo inteiro que vai nutrir e curar a sua pele de dentro para fora, por isso não se esqueça de incorporar esses fatores essenciais em seu plano de eliminação da acne:

  • Evite carboidratos amiláceos, açúcares / frutose e grãos: Este é provavelmente o passo mais importante que você pode tomar para melhorar a saúde da sua pele. Se você eliminar todos os açúcares, frutose e grãos por algumas semanas, há uma grande probabilidade de notar uma rápida melhora na sua pele.
    Substitua esses alimentos por gorduras saudáveis, como abacates, azeitonas, azeite, óleo de coco e manteiga. Certifique-se de verificar o meu plano nutricional para um guia simples sobre como comer direito para ter uma pele saudável e boa saúde.
  • Água: Beba muita água fresca e pura todos os dias. A hidratação do corpo facilita o crescimento e regeneração celulares, eliminação de resíduos e remoção das células mortas da pele. A hidratação também irá deixar o seu tom de pele mais bonito. Todos os dias, beba água o suficiente para que sua urina tenha uma cor amarelo-clara.
    Se sua urina tem uma cor amarelo-escura, você provavelmente precisa beber mais água (a menos que você tome vitaminas B, que fazem a urina ter uma cor amarelo-escura).
  • Exercício: Fazer muitos exercícios de alta intensidade ajuda seu corpo a liberar toxinas, incluindo aquelas presentes nos poros. Além disso, o exercício é de vital importância para todos os outros aspectos da sua saúde. Se você tiver acesso a uma sauna de infravermelhos, ela também pode ser útil, porque quanto mais você suar, mais você elimina resíduos indesejados e contaminantes de seus poros.
  • Sono: Você sabia que uma boa noite de sono pode diminuir o estresse e levar a uma pele mais clara? O tempo principal para a recuperação e reconstrução do seu corpo é à noite, enquanto você dorme, e isso se aplica à sua pele. 
  • Equilíbrio adequado das bactérias: Você pode restabelecer seu equilíbrio bacteriano incorporando naturalmente alimentos fermentados / cultivados e alimentos crus (que contêm bactérias benéficas vivas) em sua dieta e / ou tomando um suplemento probióticos de alta qualidade.
    Isto é especialmente importante se você tem tomado antibióticos, porque estes medicamentos matam indiscriminadamente as bactérias benéficas em seu intestino, sem as quais você não pode ter um sistema imunológico forte.
  • Vitamina D: Este importante nutriente é crucial para manter uma resposta imune saudável, e a maioria das pessoas é deficiente nele. Sem uma quantidade de vitamina D adequada, seu corpo não pode combater a infecção, em sua pele ou em outros lugares. Expor grandes áreas de sua pele a quantidades adequadas de luz do sol é a melhor maneira de otimizar seus níveis de vitamina D, ou, alternativamente, use uma cama de bronzeamento segura.
  • Gorduras ômega 3 de origem animal: As gorduras ômega-3  ajudam a normalizar os lipídios da pele e a prevenir a desidratação nas células. Isso mantém as células da pele fortes e hidratadas, o que pode ajudar a diminuir o aparecimento de linhas finas. A deficiência de ácido graxo pode manifestar-se em uma variedade de maneiras, mas problemas de pele como eczema, manchas espessas na pele e calcanhares rachados são comuns. Além disso, as gorduras ômega-3 podem ter um efeito anti-inflamatório que pode ajudar a acalmar a pele irritada, dando-lhe uma pele clara e suave.
  • Combatente natural de acne: Esfregar apenas uma gota de óleo de orégano em uma ruptura na pele pode acelerar a cicatrização e evitar cicatrizes desagradáveis sem ter de recorrer a remédios comerciais pesados para acne (lembre-se de lavar as mãos cuidadosamente depois).
Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/03/20/alimentos-que-causam-acne.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_ranart&utm_campaign=9032017_alimentos-que-causam-acne

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Alimentos Fermentados - Seu Guia Definitivo de Alimentos Fermentados

Alimentos fermentados

11 de setembro de 2017.

Por Dr. Mercola

Existe uma abundância de terapias nutricionais que podem ajudá-lo a alcançar novos níveis de saúde.
Eu os tenho defendido há décadas, mas há uma que eu identifiquei que oferece benefícios fenomenais para seu bem-estar geral: a introdução de alimentos fermentados à sua dieta.
Estou muito entusiasmado por poder compartilhar com você hoje as mudanças radicalmente positivas que os alimentos fermentados ou cultivados podem fornecer a seu corpo: como eles podem “curar e selar” seu intestino para aperfeiçoar a saúde ou reverter doenças e como cultivar seus próprios vegetais e alimentos pode dar a você um bom começo para conseguir hoje uma melhor saúde.

Alimentos Fermentados são Abundantes na Dieta dos seus Antepassados

A forma como nossos antepassados viveram oferece pistas sobre como diferentes culturas utilizavam alimentos fermentados (como o iogurte e o chucrute) não só como conservantes alimentares, mas também para dar apoio a saúde intestinal e geral.
A história mostra que:
  • Durante a era romana, as pessoas consumiam chucrute por causa de seu sabor e benefícios para a saúde.
  • Na Índia antiga, era comum desfrutar de lassi, uma bebida de iogurte tomada antes do jantar. Esta prática tradicional está ancorada no princípio do uso de leite azedo como um sistema de entrega probiótica para o corpo.
  • Os búlgaros são conhecidos pelo seu alto consumo de leite fermentado e kefir, e por seus elevados níveis de saúde.
  • Ucranianos consumiam probióticos de uma lista de alimentos fermentados que incluía iogurte cru, chucrute e leitelho.
  • Várias culturas asiáticas consumiam fermentações em conserva de repolho, nabos, berinjelas, pepinos, cebolas, abóbora e cenouras, e continuam a consumir essas iguarias fermentadas atualmente.
Os alimentos fermentados estão cheios de probióticos ou boas bactérias. Uma miríade de pesquisas demonstrou como o equilíbrio ideal de bactérias boas e ruins em seu intestino formam a base para o bem-estar físico, mental e emocional.

Por que uma Lista de Alimentos Fermentados?

Consumir alimentos tradicionalmente fermentados fornece uma série de benefícios, incluindo:

Nutrientes importantes. Alguns alimentos fermentados são excelentes fontes de nutrientes essenciais, como a vitamina K2, que ajudam a prevenir o acúmulo de placa arterial e doenças cardíacas. Por exemplo, a coalhada de queijo é uma excelente fonte de probióticos e vitamina K2.
Consumir diariamente apenas meia onça (15 gramas) de natto também pode fornecer todo o K2 que você precisa. A comida fermentada também é uma potente produtora de muitas vitaminas B.

Otimizar seu sistema imunológico. Estima-se que 80 por cento do seu sistema imunológico esteja realmente localizado no seu intestino. Os probióticos desempenham um papel crucial no desenvolvimento e operação do sistema imunológico da mucosa no seu aparelho digestivo e ajudam na produção de anticorpos contra agentes patogênicos.
Isso faz com que um intestino saudável seja um fator importante na manutenção de uma saúde otimizada, pois um sistema imunológico robusto é seu principal sistema de defesa contra todas as doenças.

Desintoxicação. Os alimentos fermentados são alguns dos melhores quelantes disponíveis. As bactérias benéficas nestes alimentos são desintoxicantes altamente potentes, capazes de eliminar uma ampla gama de toxinas e metais pesados.

Econômicos. Adicionar uma pequena quantidade de alimentos fermentados a cada refeição trará mais benefícios além de ser mais barato. Por quê? Porque eles podem conter 100 vezes mais probióticos do que um suplemento!

Variedade natural de microflora: Enquanto você variar os alimentos fermentados e cultivados que consumir, você vai receber uma variedade muito maior de bactérias benéficas, que nenhum suplemento poderia oferecer a você.

O que o Estado de seu Intestino Diz Sobre sua Saúde Geral

Os probióticos, juntamente com uma série de outros micro-organismos, são tão importantes para a sua saúde que os pesquisadores os compararam a “um órgão recém-descoberto”. Sua microflora - um termo usado para descrever as bactérias, fungos, vírus e outros micróbios que compõem seu ecossistema microbiano interno - afetam muito mais do que somente seu trato digestivo.

Aqui estão as áreas nas quais suas bactérias intestinais desempenham papéis fundamentais:

1. Comportamento. Um estudo publicado na Neurogastroenterology & Motility revelou que os ratos que não possuem bactérias intestinais comportam-se de maneira diferente dos ratos normais, envolvendo-se no que seria referido como “comportamento de alto risco”. Esse comportamento alterado foi acompanhado de alterações neuroquímicas no cérebro do rato.
De fato, seu intestino serve como seu segundo cérebro. Ele produz, mais do que o seu cérebro, o neurotransmissor serotonina, que é conhecido por ter uma influência positiva sobre o seu humor.

2. Expressão Genética. Uma bebida rica em probióticos demonstrou influenciar a atividade de centenas de seus genes para ajudá-los a expressar-se de maneira positiva e que combata doenças. Isso faz da sua saúde intestinal uma variável muito poderosa da epigenética, um campo inovador da medicina mostrando que seu estilo de vida desempenha um papel importante na sua expressão genética.

3. Diabetes. De acordo com um estudo feito na Dinamarca, a população bacteriana presente no intestino dos diabéticos difere daquela na dos não-diabéticos. De acordo com os autores, os resultados de seu estudo indicam que a diabetes tipo 2 em humanos está ligada a alterações da composição na microbiota intestinal.
Uma dieta saudável - baixa em açúcar e grãos; rica em alimentos crus integrais e alimentos fermentados - permite que suas bactérias intestinais benéficas floresçam.

4. Autismo. A criação de uma flora intestinal normal nos primeiros 20 dias ou mais da vida desempenha um papel crucial na maturação adequada do sistema imunológico do seu bebê. Por conta disso, os bebês que desenvolvem uma flora intestinal anormal ficam com sistemas imunológicos comprometidos e estão particularmente em risco de desenvolver distúrbios como TDAH, dificuldades de aprendizagem e autismo, particularmente se eles forem vacinados antes de restaurar o equilíbrio da sua flora intestinal.

5. Obesidade. Os probióticos podem ajudar a combater a obesidade . Restaurar sua flora intestinal é, portanto, uma consideração importante se você está lutando para perder peso.

O Protocolo GAPS da Dra. Natasha Campbell-McBride

Seu intestino é o lar tanto das bactérias boas quanto das más, que superam as células no seu corpo em pelo menos dez a cada uma.
O desafio é otimizar a população bacteriana no seu intestino: empenhar-se para conseguir um índice ideal de bactérias boas para más. Isso pode ajudá-las a viver uma relação benéfica e simbiótica que ajuda a nutrir você e combater doenças.
É aqui que entra o Programa Nutricional GAPS - que também trouxe benefícios maciços para meu próprio intestino e saúde geral.
A Dra. Natasha Campbell-McBride, uma neurologista treinada na Rússia com um consultório médico em tempo integral no Reino Unido, no seu programa GAPS, trata de crianças e adultos com autismo, dificuldades de aprendizagem, distúrbios neurológicos, distúrbios psiquiátricos, distúrbios imunológicos e problemas digestivos usando GAPS.
Eu fiquei completamente impressionado com os princípios do GAPS, que introduz alimentos fermentados e o processo de “curar e selar” que a Dra. McBride desenvolveu.
GAPS significa “Gut and Psychology Syndrome” (Síndrome Psicológica e do Intestino), que fala sobre o funcionamento do seu cérebro. De acordo com a Dra. McBride, qualquer disfunção do cérebro geralmente está conectada ao que está acontecendo no sistema digestivo.
GAPS também significa “Gut and Physiology Syndrome” (Síndrome Fisiológica e Intestinal), que fala sobre o funcionamento do resto do seu corpo. Aqui, estamos falando de todas as formas de autoimunidade e doenças inflamatórias:
  • Esclerose múltipla
  • Diabetes tipo 1
  • Artrite reumatoide
  • Osteoartrite
  • Lúpus
  • Doença de Crohn
  • Colite ulcerativa
  • Doenças crônicas da pele
  • Problemas renais
  • Doenças urinárias
  • Doenças alérgicas e atópicas
  • Doenças de pele degenerativas
  • Síndrome da fadiga crônica
  • Fibromialgia
  • Encefalomielite miálgica (EM)
  • Doenças inflamatórias intestinais
Seria sensato você implementar o programa GAPS se você sofre com alguma dessas doenças ou praticamente qualquer outro problema de saúde. A Dra. McBride explica:
“Depois de curar e selar seu revestimento intestinal, e uma vez que você torne saudável seu sistema digestivo e ele esteja funcionando corretamente novamente, você ficará surpreso em ver a quantidade de sintomas no seu corpo que se originaram do seu sistema digestivo.
A maioria [dos sintomas] começa a desaparecer, porque a saúde e a doença geralmente nascem dentro do seu sistema digestivo. É aquela a sua origem.”
O Protocolo Nutricional GAPS pretende restaurar a integridade do seu revestimento intestinal. Seu componente alimentar consiste em alimentos facilmente digeríveis que são densos em nutrição, incluindo os alimentos fermentados. Saiba mais sobre a dieta GAPS.

Os Benefícios Fenomenais de Saúde dos Vegetais Fermentados

Mas se você estiver sofrendo de GAPS ou não, os vegetais cultivados ou fermentados farão grandes maravilhas por sua saúde, como demonstrado por sua presença em praticamente todas as dietas nativas e tradicionais.

Os vegetais fermentados são um pilar na dieta GAPS.
Lembre-se, porém, de que os alimentos cultivados são desintoxicantes muito eficientes - você pode experimentar uma “crise curativa” ou sintomas de desintoxicação se você introduzir muitos desses alimentos ao mesmo tempo.

Comece com porções muito pequenas, e vá aumentando gradualmente o tamanho da porção até chegar de um quarto a meia xícara. Isso dá à sua microbiota intestinal a chance de se adaptar.

É ideal incluir uma variedade de alimentos e bebidas fermentadas na sua dieta, pois cada alimento inocula seu intestino com uma mistura de diferentes micro-organismos. Existem muitos alimentos fermentados que você pode facilmente fazer em casa, incluindo:
  • Vegetais cultivados, incluindo purês alimentares para bebês
  • Chutneys
  • Condimentos, como salsa e maionese
  • Lácteos cultivados, como o iogurte, kefir, e creme azedo
  • Peixe, como cavala e o gravlax sueco

Fermentando seus Vegetais

Você pode fazer a fermentação selvagem, ou permitir que o quer que tenha começado a crescer no vegetal ou fruta que você está cultivando simplesmente se estabeleça e cultive a sua comida. No entanto, esse método é muito demorado.
É sugerido que você inocule os alimentos usando uma cultura inicial para acelerar o processo de fermentação.
Aqui está um resumo da receita da Caroline para fazer seus próprios vegetais fermentados:
  • Pique e corte os vegetais escolhidos.
  • Faça suco de aipo (salsão). Isso é usado como uma salmoura, pois contém sódio natural e mantém os vegetais anaeróbicos. Isso elimina a necessidade de sal marinho, que impede o crescimento de bactérias patogênicas.
  • Embale os vegetais e o suco de aipo juntamente com os inoculantes (cultura inicial, como grãos de kefir, soro de leite ou pó de cultura inicial comercial, todos os quais podem ser usados nos  vegetais) em um jarro de 32 onças (946 ml) com boca larga. Um socador pode ser útil para encher o jarro e eliminar quaisquer bolsas de ar.
  • Cubra com uma folha de repolho, colocando-a pelas laterais. Certifique-se de que os vegetais estejam completamente cobertos com suco de aipo e que o suco chegue até o topo do frasco para eliminar o ar preso.
  • Sele a jarra e a armazene em um local quente e ligeiramente úmido por 24 a 96 horas, dependendo da comida que está sendo cultivada. A faixa de temperatura ideal é de 20 a 24º C no máximo. Lembre-se, o calor mata os micro-organismos!
  • Quando terminar, guarde na geladeira para desacelerar o processo de fermentação.
Aprenda outras dicas e truques para fermentar seus vegetais.

Você está Sendo Enganado por Alimentos Fermentados Processados Comercialmente?

Suas opções de alimentos fermentados não se limitam aos vegetais.
Aqui está uma breve descrição de algumas das opções ideais que existem:
  • Vegetais fermentados de todos os tipos (repolho, cenoura, couve, couve-galega, aipo temperado com ervas como gengibre e alho)
  • Lassi (Uma bebida de iogurte indiano, tradicionalmente tomada antes do jantar)
  • Tempeh
  • Leite cru fermentado, como kefir ou iogurte, mas NÃO suas versões comerciais, que normalmente não possuem culturas vivas e são repletas de açúcares que alimentam bactérias patogênicas
  • Natto
  • Kimchi
No entanto, é importante que você esteja ciente da GRANDE diferença entre alimentos fermentados saudáveis e aqueles processados comercialmente.

A fermentação é um processo inconsistente, e é mais uma arte do que uma ciência. Os processadores de alimentos comerciais desenvolveram técnicas para ajudar a padronizar rendimentos mais consistentes. Estes incluem a pasteurização, que efetivamente destrói os probióticos naturais.

Algumas azeitonas também não são geralmente fermentadas; elas são simplesmente tratadas com lixívia para remover a amargura, embaladas em sal e enlatadas. Os produtores de azeitonas podem agora colocar as azeitonas em salmoura sem sal usando uma solução ácida de ácido lático, ácido acético, benzoato de sódio e sorbato de potássio - muito distante do antigo método natural comprovado de fermentação com ácido lático feito apenas com sal.
Simplificando, algumas conservas estão simplesmente lotadas de sal, vinagre e são pasteurizadas.

Também tenha cuidado com alguns iogurtes “probióticos”. A maioria deles que você encontra no mercado NÃO é recomendada por muitas razões: eles são pasteurizados (e estão ligados aos problemas dos produtos lácteos pasteurizados), e tipicamente contêm açúcares adicionais, xarope de milho com alto teor de frutose, corantes e/ou adoçantes artificiais, que podem prejudicar sua saúde.

Que tal um Suplemento Probiótico de Alta Qualidade

Se você não gosta do sabor dos alimentos fermentados, a segunda melhor opção é tomar um suplemento probiótico.

 Mas não desista tão facilmente dos alimentos fermentados: comece com pequenas quantidades como meia colher de chá e use-os como um condimento a ser adicionado à sua comida, como se fosse um molho de salada.
Em geral, não defendo tomar muitos suplementos, mas um probiótico de alta qualidade é uma exceção se você realmente não quiser consumir alimentos fermentados. Seu suplemento probiótico deve cumprir os seguintes critérios de qualidade e eficácia:
  • As cepas de bactérias no produto devem poder sobreviver ao ácido do seu estômago e bile, de modo a conseguir chegar vivas em números adequados a seus intestinos
  • As cepas de bactérias devem ter características que promovam a saúde
  • A atividade probiótica deve ser garantida ao longo de todo o processo de produção, período de armazenamento e vida útil do produto
Ao longo dos meus anos de prática clínica, descobri que não há um suplemento probiótico que funcione para todos. No entanto, mais pessoas parecem responder favoravelmente ao Lactobacillus sporogenes do que a qualquer outro probiótico, então, quando em dúvida, esse é um ótimo lugar para começar.

OBS minha, Sìlen:No Brasil o kefir normalmente é doado.

Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/09/11/alimentos-fermentados.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_lead&utm_campaign=9112017_alimentos-fermentados

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Como o Glúten e o Processamento Moderno de Alimentos Contribuem para uma Saúde Debilitada

fatias de pão
14 de março de 2017.

Por Dr. Mercola

O documentário "Gluten: A Gut Feeling" (Glúten: Uma Intuição Intestinal) investiga os efeitos do glúten sobre a saúde. Nos últimos anos, os benefícios de uma dieta livre de glúten tornaram-se amplamente reconhecidos, com sua popularidade alimentada por endossos de celebridades e um número crescente de livros.
Isso inclui o livro mais vendido na lista do The New York Times, "Grain Brain," (Cérebro de Grão) escrito pelo Dr. David Perlmutter, um neurologista, no qual ele revela como cereais processados podem desencadear a disfunção neurológica e piorar a demência.
Meu próprio livro sobre este assunto, "The No-Grain Diet," (A Dieta Sem Grãos) foi publicado há 13 anos, em 2003. Minha recomendação clínica incluiu a eliminação do glúten como uma intervenção primária antes de eu ajustar ainda mais a dieta de um paciente.
Para aqueles com doença celíaca, uma reação gastrointestinal grave (GI) ao glúten, uma dieta isenta de glúten é vital. Mas os médicos também estão começando a reconhecer que muitos têm algum nível de intolerância ao glúten ou sensibilidade, e se saem melhor em uma dieta sem glúten, mesmo se eles não tiverem doença celíaca.

O que é Glúten?

O glúten é uma proteína composta de moléculas de glutenina e gliadina, que na presença da água formam uma ligação elástica. O glúten é mais comumente encontrado no trigo, centeio e cevada.
O glúten também pode ser encontrado em inúmeros alimentos processados sem ser identificado como tal. Por exemplo, o glúten pode ficar oculto sob uma variedade de rótulos, incluindo os seguintes: 
  • Maltes
  • Amidos
  • Proteína vegetal hidrolisada (PVH)
  • Proteína vegetal texturizada (PVT)
  • Aromatizante natural
O site celiac.com possui uma longa lista de ingredientes nos rótulos que normalmente contêm glúten oculto.

Como o Glúten pode Prejudicar sua Saúde

A palavra "glúten" vem da palavra latina para cola, e suas propriedades adesivas mantêm o pão e o bolo juntos. Conforme observado no vídeo, fabricantes de pão também podem adicionar glúten extra, a fim de criar uma textura mais esponjosa.
Mas essas mesmas propriedades "de ligação" também interferem na desagregação e absorção de nutrientes, incluindo os nutrientes de outros alimentos na mesma refeição. O resultado pode ser comparado a um caroço de constipação que se formou no seu intestino, podendo impedir a digestão correta.
O glúten não digerido, em seguida, aciona o seu sistema imunológico para atacar o revestimento do seu intestino delgado, o que pode causar sintomas como diarreia ou constipação,  náuseas e dor abdominal.
Ao longo do tempo, seu intestino delgado torna-se cada vez mais danificado e inflamado. Isto, por sua vez, pode levar à má absorção de nutrientes e deficiências de nutrientes, anemia, osteoporose e outros problemas de saúde.
A doença também pode causar uma grande variedade de outros sintomas que não são gastrointestinais em sua natureza, incluindo problemas neurológicos ou psicológicos, e problemas relacionados à pele, fígado, articulações, sistema nervoso e outros.
A doença celíaca também está ligada à autoimunidade. Se você é diagnosticado com a doença celíaca após a idade de 20 anos, suas chances de desenvolver uma condição autoimune disparam da média de 3,5 por cento para 34 por cento. A doença celíaca não diagnosticada também está associada a um risco quase quatro vezes maior de morte prematura.  

O Trigo Mudou Drasticamente

O trigo é uma das plantações mais amplamente cultivadas no mundo ocidental. Mas o trigo de hoje é muito diferente do trigo que nossos antepassados cultivavam e comiam. Esta é provavelmente parte da explicação de por que a doença celíaca e a intolerância ao glúten aumentaram quatro vezes desde a década de 1950.
Alguns acreditam que o aumento acentuado é apenas um sinal de um melhor diagnóstico, mas a pesquisa sugere que o aumento da prevalência é real, e que mudanças dramáticas na dieta desempenham um papel distinto.
A proporção da proteína de glúten no trigo aumentou enormemente como resultado da hibridização. Até o século XIX, o trigo também era geralmente misturado com outros grãos, favas e nozes; a farinha de trigo pura foi moída para virar farinha branca refinada somente durante os últimos 200 anos.
A resultante dieta de grãos refinados alta em glúten que a maioria de vocês tem comido desde a infância simplesmente não fazia parte da dieta das gerações anteriores.

Como o Glúten Provoca o Intestino Permeável

Segundo alguns especialistas entrevistados no vídeo em destaque, incluindo o Dr. Alessio Fasano, diretor do Centro de Pesquisa Celíaca em Massachusetts, a humanidade não evoluiu para comer glúten e, portanto, não pode digeri-lo adequadamente.
As pesquisas sugerem que o intestino humano vê o glúten como um invasor externo contra o qual ele deve montar uma resposta imune, e Fasano acredita que isso acontece com todos.
No entanto, isso não significa que todos devam evitar o glúten. A maioria das pessoas, diz ele, pode lidar com glúten sem consequências clínicas. Outros não são tão sortudos. As pessoas com doenças autoimunes estão particularmente em risco de ter complicações.
Dezesseis anos atrás, Fasano e sua equipe descobriram que o glúten pode estimular uma molécula em seu intestino chamado zonulina - uma proteína que desencadeia a abertura de junções entre as células em seu revestimento intestinal.
Em essência, ela torna o seu intestino mais permeável, permitindo que as partículas de alimentos escapem para sua corrente sanguínea, causando inflamação, reações imunes e aumentando o risco de várias doenças autoimunes. Isso é conhecido como síndrome do intestino permeável, e você não precisa ter doença celíaca para sofrer as consequências do intestino permeável.

O Trigo Tratado com Glifosato Promove a Doença Celíaca, Reações Imunes e Muito Mais

Embora a questão de saber se o glúten deve ser evitado por todos seja controversa, está bem claro que o trigo atual é muito mais arriscado do que o trigo do passado, e que ele causa problemas para muitos.
A Dra. Stephanie Seneff, uma pesquisadora sênior do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), acredita que o recente aumento da doença celíaca está relacionado ao o uso do glifosato. Junto ao Dr. Anthony Samsel, a Dra. Seneff publicou algumas pesquisas fascinantes sobre essa conexão.
O glifosato — um dos herbicidas mais amplamente utilizados no mundo e um ingrediente ativo no herbicida Roundup da Monsanto – demonstrou danificar gravemente a flora intestinal e causar doenças crônicas enraizadas na disfunção intestinal. Ele na verdade foi patenteado como um antibiótico.
Em março de 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (International Agency for Research on Cancer -IARC), que é o ramo de pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), determinou que o glifosato é um "provável carcinógeno " (Classe 2A). Esta determinação baseou-se em "evidências limitadas" mostrando que ele pode causar linfoma não Hodgkin e câncer de pulmão em seres humanos, juntamente com "evidências convincentes" de que pode causar câncer em animais.
O uso de glifosato em plantações de trigo especificamente aumentou em conjunto com o aumento da doença celíaca. Na verdade, de acordo com Samsel e Seneff, ele se correlaciona a um grau maior de doença celíaca do que o uso de glifosato no milho e soja.
Você pode não ter percebido isso, mas dessecar trigo não orgânico com glifosato pouco antes da colheita tornou-se popular cerca de 15 anos atrás. Quando o trigo maduro é exposto a um produto químico tóxico como o glifosato, ele libera mais sementes. Isso resulta em um rendimento ligeiramente maior, razão pela qual a maioria dos produtores de trigo faz isso.
Mas também significa que a maior parte do trigo não orgânico - e todos os alimentos processados que o contêm - estão contaminados com glifosato. E agora sabemos que isso pode ter graves consequências para a saúde.
Não só o glifosato prejudica seriamente as vilosidades no seu intestino, ele também inibe um processo que normalmente ajuda o seu corpo a digerir as proteínas do trigo. A gliadina do glúten é difícil de quebrar e digerir. Normalmente ocorre uma reação que constrói conexões entre as diferentes proteínas no trigo.
O glifosato parece ligar-se à gliadina como consequência de uma reação química e ao interferir nas conexões proteicas, o glifosato torna o trigo altamente indigestível - mais do que ele já é - e mais propenso a causar uma reação imune e disbiose intestinal.

Outras Intolerâncias Podem Imitar a Sensibilidade ao Glúten

Os pesquisadores também estão observando outros ingredientes no trigo e descobriram que há uma série de outras proteínas e compostos que podem causar sensibilidade. Portanto, se você se sentir melhor com uma dieta sem glúten, mesmo se não tiver doença celíaca, você pode ser sensível a alguns dos outros ingredientes no trigo.
Estes incluem proteínas como albuminas, globulinas e inibidores de tripsina-amilase, e o frutano de carboidrato, um tipo de oligo-di-monossacáridos e polióis fermentáveis (fermentable oligo-di- monosaccharides and polyols -FODMAP).
Os FODMAPs (que também incluem frutose, lactose, galactose e polióis) são açúcares que ou foram mal absorvidos no seu intestino delgado ou foram completamente indigestos. Eles podem causar sintomas muito semelhantes aos da sensibilidade ao glúten, e os FODMAPs são frequentemente encontrados em coisas que contêm glúten.
Embora os FODMAPs sejam geralmente benéficos para os seus micróbios intestinais, naqueles que são sensíveis a eles, como aqueles com síndrome do intestino irritável (SII), os FODMAPs podem causar sofrimento GI grave. A dieta Paleolítica é baixa em FODMAPs, o que é provavelmente uma das muitas razões pelas quais as pessoas tendem a se sentir melhor ao mudar para este tipo de dieta.

Panificação e Moagem De Trigo - 2 Culpados Adicionais

Além da contaminação por glifosato, que não é discutida neste vídeo, duas outras explicações para o aumento da doença celíaca e intolerância ao glúten têm a ver com a forma como o trigo é moído e como o pão é cozido atualmente. A forma como moemos o trigo mudou significativamente com o advento do processamento moderno de alimentos.
O endosperma e o amido são moídos com rolos, mas todos os outros ingredientes são primeiro extraídos e depois adicionados de volta em proporções variáveis, dependendo dos requisitos do produto final. O resultado final é uma farinha de trigo altamente refinada que é mais propensa a causar problemas GI.
A farinha de grão integral é feita ao se moer todo o grão usando um moinho de pedra. Nada é retirado e nada é adicionado. O produto final contém todo o grão, daí o termo "grão integral". O processo é muito mais simples e menos destrutivo para o conteúdo nutricional do grão.
Embora o pão integral ainda contenha glúten, ele pode não causar um problema tão grave se você não tiver doença celíaca. Alguns acreditam que os problemas atribuídos ao glúten podem, de fato, estar mais relacionados aos produtos químicos utilizados durante o processamento da farinha de trigo refinada do que ao próprio glúten.
A "Panificação”, o processo de assar o pão, também sofreu mudanças dramáticas. No passado, a farinha era misturada com água e levedura, e a massa era então deixada para crescer durante a noite. Este processo permitia que as enzimas no fermento quebrassem o glúten. Seu corpo não tem essas enzimas, e não pode replicar este processo de quebra.
Atualmente, os fabricantes de pão não deixam mais a massa crescer por até 18 horas. A adição de vários produtos químicos diminuiu o processo para em torno de duas horas, o que não é tempo suficiente para que ocorra a quebra do glúten. Assim, a maioria dos pães feitos hoje em dia contém muito mais glúten indigestível do que os pães do passado. 

Como Tratar a Intolerância ao Glúten e a Doença Celíaca

O tratamento para a doença celíaca e intolerância ao glúten é uma dieta sem glúten, o que significa a abstinência de qualquer alimento que contenha glúten. Em agosto de 2013, a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (Food and Drug Administration -FDA) emitiu uma norma para a rotulagem de produtos sem glúten. De acordo com a regra, para que um alimento tenha o rótulo "sem glúten" ele deve ser:
  • Naturalmente sem glúten. Grãos naturalmente sem glúten incluem o arroz, milho, quinoa, sorgo, linho e sementes de amaranto.
  • Qualquer grão contendo glúten deve ter sido refinado de forma a remover o glúten. O produto final não pode conter mais de 20 partes por milhão (ppm) de glúten.
Um teste de sangue pode verificar se você realmente tem ou não doença celíaca. Se você tiver, precisará ficar extremamente atento, pois a exposição ao glúten poderá fazer você ficar gravemente doente e ameaçar a sua saúde e longevidade em longo prazo. Se você for intolerante ao glúten, não precisa ser tão rigoroso com sua dieta, e você pode finalmente descobrir o seu próprio nível de tolerância ao glúten.
Por exemplo, um pedaço de pão pode não resultar em qualquer desconforto, mas dois pedaços, ou comer pão por dois dias seguidos pode. Tipicamente, evitar o glúten por uma semana ou duas é o suficiente para ver alguma melhoria significativa.
Considerando os muitos possíveis culpados em jogo, seja a hibridização do trigo, glúten, outras proteínas do trigo, frutanos, o processo de moagem ou de cozimento, ou a contaminação de glifosato, não é surpreendente que o trigo (e outros grãos) cause tais problemas para tantas pessoas.
Na minha experiência, quase todos se beneficiam ao evitar grãos, mesmo grãos integrais germinados, tenha você intolerância ao glúten ou não, e a razão disso é que os grãos têm altos níveis de carboidratos líquidos e evitá-los ajudará a melhorar a sua função mitocondrial.
A diminuição da função mitocondrial pode exacerbar problemas de saúde relacionados à resistência à insulina, como sobrepeso, pressão arterial elevada, diabetes tipo 2 , e problemas mais graves como doenças cardíacas e câncer.

Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/03/14/gluten-processamento-de-alimentos.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_ranart&utm_campaign=8272017_gluten-processamento-de-alimentos