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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Suplementos de Micronutrientes Reduzem o Risco de Avanço de Doenças Causadas por HIV

Terapia nutricional 
22 de setembro de 2016
Por Dr. Mercola

Nos Estados Unidos, mais de um milhão de pessoas vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). O vírus causa sérios danos ao sistema imunológico, deixando-o vulnerável a organismos que causam doenças, e podendo avançar para a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida).
Embora não haja uma cura conhecida, o vírus é geralmente tratado com terapia antirretroviral (ARV), que consiste em uma combinação de pelo menos três drogas antirretrovirais projetadas para ajudar a suprimir o vírus HIV e parar o avanço da doença.
A terapia nutricional, no entanto, é normalmente uma alternativa ignorada, e novas pesquisas importantes mostraram ser eficazes no atraso do avanço do HIV sem o uso de medicamentos.

O início da terapia nutricional para tratar HIV e AIDS

Reforçar a capacidade do sistema imunológico para que ele funcione pode ser o segredo na prevenção de sintomas relacionados ao HIV e seu avanço, e os nutrientes exercem papel fundamental na função imunológica.
O Dr. Harold Foster foi pioneiro no uso de selênio e aminoácidos, além de antioxidantes, para tratar o HIV e a AIDS alguns anos atrás. Em 2003 por, exemplo, ele publicou um estudo revelando que o HIV não parecia se espalhar tanto nos povos com consumo alimentar adequado de selênio.
Mais tarde, ele sugeriu que as pessoas que consomem alimentos com maiores níveis de aminoácidos e selênio podem apresentar alguma proteção contra a infecção por HIV, já que esse "sistema de defesa antioxidante" pode atuar como uma defesa inicial contra a infecção viral.
Em 2004, ele publicou mais pesquisas que observavam a importância de intervenções nutricionais no tratamento da AIDS, apontando o seguinte:
"Os médicos que conduziram um teste de campo com selênio e aminoácidos em Botswana… têm relatado que esse protocolo reverte a AIDS em 99% dos pacientes que o recebem, geralmente dentro de três semanas".
Segundo o Dr. Foster, as deficiências de nutrientes estão na base do avanço da doença do HIV para a AIDS. Ele explica:
"A AIDS é uma doença de deficiência causada pelo HIV… o HIV-1 contém um gene praticamente idêntico ao que permite que os humanos produzam a enzima glutationa peroxidase. Quando o vírus é replicado, ele começa a competir seriamente com seu hospedeiro pelos quatro nutrientes necessários para fazer essa enzima, especificamente o microelemento selênio e os três aminoácidos glutamina, cisteína e triptofano.
À medida que a infecção aumenta, desenvolvem-se graves deficiências desses nutrientes. O consumo inadequado de selênio faz com que o sistema imunológico caia, a tireoide apresente funcionamento errado e a depressão se desenvolva.
A deficiência de glutamina leva ao enfraquecimento muscular e à diarreia. A falta de cisteína causa problemas na pele, como psoríase, e maior suscetibilidade a infecções. A falta de triptofano causa diarreia, dermatite, demência e, por fim, morte.
Ela facilita a infecção do paciente por outros patógenos. Em resumo, a pessoa infectada desenvolveu o distúrbio chamado AIDS. O tratamento do HIV/AIDS, portanto, deve sempre incluir alimentações ricas nesses quatro nutrientes para reverter essas deficiências".

Micronutrientes e polivitamínicos atrasam o avanço do HIV

De modo semelhante, o novo estudo descobriu que as pessoas com HIV positivo que tomaram polivitamínicos (vitaminas B, C e E) e selênio estavam bem melhor do que as que não tomaram. 
Em comparação ao grupo do placebo, os indivíduos que tomaram um polivitamínico e selênio diariamente viram cair pela metade a probabilidade de apresentar quedas nas células do sistema imunológico (CD4) para níveis que seriam tratados normalmente com remédios anti-HIV. Além disso, as pessoas que tomaram a combinação de suplementos também apresentaram metade da probabilidade de desenvolver ou morrer de AIDS.

Os pesquisadores concluíram que a combinação polivitamínico-selênio, quando tomada por 24 meses, foi segura e reduziu significativamente o risco de queda na imunidade e morbidez, observando que "pode ser eficaz quando iniciada nos primeiros estágios da doença do HIV". Conforme registrado no estudo:
"As deficiências de micronutrientes, conhecidas por influenciar a função imunológica, são predominantes até mesmo antes do desenvolvimento dos sintomas da doença do HIV e estão associadas ao seu avanço acelerado. A suplementação com micronutrientes melhorou os marcadores do avanço da doença (contagem de células CD4, carga viral de HIV) e a mortalidade em testes clínicos...
As vitaminas B, C e E e o microelemento selênio são nutrientes essenciais necessários para manutenção de um sistema imunológico responsivo. O selênio também pode ter um papel importante na prevenção da replicação do HIV".

Por que as alternativas naturais de tratamento do HIV são tão importantes

Sabe-se que seu corpo não pode se livrar do vírus HIV depois de infectado, porém ele pode reduzir a carga viral para níveis praticamente indetectáveis (geralmente definidos como menos de 40-75 cópias de HIV em uma amostra de sangue).
Seu corpo pode ajudar a reduzir sua carga viral naturalmente, mas os remédios anti-HIV também são usados para essa finalidade. O interessante é que cerca de 0,5% das pessoas infectadas com HIV são capazes de controlar a infecção sem qualquer necessidade de remédios.
Essas pessoas, conhecidas como "supressoras de elite" parecem ter uma resposta imunológica eficaz ao HIV. Alguns dos efeitos colaterais observados dos remédios anti-HIV são:
  1. Anemia
  2. Diarreia
  3. Dor abdominal
  4. Náusea e vômitos
  5. Pancreatite
  6. Fadiga
  7. Tontura
  8. Dor de cabeça
  9. Insônia
  10. Perda de gordura nos braços, pernas ou rosto, às vezes redistribuída no abdômen ou nuca
  11. Neuropatia periférica
  12. Depressão
  13. Erupções
  14. Alterações no batimento cardíaco
  15. Perda de peso
  16. Graves problemas hepáticos
  17. Níveis elevados de triglicerídeos e açúcar no sangue
  18. Menor densidade óssea
Infelizmente, os remédios usados para suprimir o vírus na maioria dos pacientes com HIV são bastante tóxicos e apresentam efeitos colaterais importantes que podem interferir na qualidade de vida. Alguns podem até mesmo ser letais. O WebMD afirma:
"O principal objetivo do tratamento do HIV é combater o HIV no corpo. Mas outra meta é fazer isso sem causar graves efeitos colaterais". O que torna o estudo em questão tão importante é que ele mostrou a terapia nutricional como uma ferramenta altamente eficaz em atrasar com segurança o avanço da doença e os sintomas, sem efeitos colaterais tóxicos.

Quase 200 estudos mostram o potencial das substâncias naturais anti-HIV

O GreenMedInfo reuniu 184 estudos que mostram o potencial terapêutico das substâncias naturais para o HIV. Um dos principais exames usados para saber o nível de HIV no sangue de alguém é a contagem de células CD4. Geralmente, quanto maior a carga viral, menor será a contagem de células CD4.
Como elas exercem uma função crucial na capacidade do seu corpo de combater infecções, mantê-las em níveis mais altos é importante para mantê-lo saudável e as pesquisas indicam que as substâncias naturais são muito úteis nesse caso.
Um estudo descobriu, por exemplo, que a suplementação com a proteína do soro do leite eleva a contagem de células CD4 nas pessoas com HIV. Descobriu-se também que a folha de neem aumenta os níveis de CD4 nos pacientes com HIV e AIDS, assim como o selênio. As substâncias naturais combatem o HIV através de outros mecanismos também. A epigalocatequina-galato, ou EGCG, é um componente do chá verde que inibe o avanço do HIV, ligando-se ao ponto exato que o HIV precisa para infectar uma célula T saudável, um tipo de glóbulo branco fundamental no combate a infecções.
Os concentrados de frutas e verduras que contêm polifenóis também mostraram ser benéficos aos pacientes com HIV; um exemplo é a cúrcuma, que pode ajudar a tratar a diarreia, perda de peso e dor abdominal associados ao HIV. Outros compostos naturais que também mostraram ser promissores contra o HIV são:
  • Canela
  • Sabugueiro
  • Sumagre
  • Alcaçuz
  • Espirulina
  • Ginseng americano
  • Ginseng coreano
  • Suco de limão e capim-limão
  • Melaleuca ou tea tree
  • Extrato de folha de oliveira
  • Romã
  • Ácido carnósico do alecrim

Um intestino saudável também pode melhorar a saúde de pacientes com HIV

A infecção por HIV é conhecida por causar danos ao trato gastrointestinal, onde fica cerca de 80% do seu sistema imunológico. Pesquisas sugerem que o consumo de bactérias benéficas, conhecidas como probióticos, pode ajudar a reduzir os riscos de infecção e inflamação nos pacientes com HIV e até mesmo reforçar a função imunológica gastrointestinal.
A manutenção da flora intestinal ideal e o novo uso de alimentos fermentados e probióticos no seu intestino podem ser um dos passos mais importantes que você pode tomar para melhorar sua saúde se tem HIV (ou outra doença crônica).
Até mesmo as pessoas saudáveis devem tentar melhorar sua flora intestinal dessa forma. É importante observar que um punhado de alimentos fermentados é capaz de fornecer trilhões de bactérias benéficas — muito mais do que você pode obter com um suplemento de probióticos, que normalmente dará a você bilhões de unidades formadoras de colônias.
Achei que essa seria uma boa análise, então testei as hortaliças fermentadas produzidas com nossa conserva de início de probióticos para saber sua potência probiótica e fiquei estarrecido ao descobrir que tinham 10 trilhões de unidades formadoras de colônias de bactérias.
Uma porção de hortaliças fermentadas equivalia a um frasco inteiro de probióticos de alta potência! As hortaliças fermentadas também oferecem a você uma variedade mais ampla de bactérias benéficas, portanto, de modo geral, é uma alternativa mais econômica.

Cinco dicas naturais de reforço imunológico

Se você tem HIV, é importante trabalhar junto com um profissional da saúde que possa orientá-lo sobre a melhor forma de ficar bem. Falando de modo geral, no entanto, as dicas a seguir ajudarão a reforçar uma resposta imunológica positiva e a impedir infecções e doenças crônicas.
  1. Concentre-se em comer mais alimentos de reforço imunológico, como cogumelos, verduras folhosas, alimentos fermentados, proteína do soro do leite e óleo de coco
  2. Durma bem
  3. Diminua o estresse usando a Técnica de Liberação Emocional (EFT) ou outras ferramentas de gerenciamento de estresse
  4. Melhore seus níveis de vitamina D (a deficiência de vitamina D é comum entre as pessoas com HIV)
  5. Pratique exercícios físicos
Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2016/09/22/terapia-nutricional-hiv.aspx