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sábado, 22 de novembro de 2014

Estamos Vacinando Nossos Bichinhos em Excesso?


O texto que segue é um capítulo da monografia de conclusão do Curso de Especialização em Homeopatia da Veterinária Carmen L. Cocca de Resende e refere-se aos excessos de reforços vacinais utilizados por veterinários em todo o mundo, inclusive por ela até muito pouco tempo atrás.
 

É importante frisar que as informações as quais veterinários têm acesso, enquanto cursam a graduação, são restritas, egoístas e viciadas. Não oferecem-lhes alternativas, possibilidades ou visões diferenciadas quando o assunto é vacinação. As verdades são maquiadas conforme os interesses comerciais de grandes laboratórios que financiam as pesquisas, estimulando o consumo em massa e favorecendo a desinformação.
 

A medicina transformou-se em um grande e rentável negócio. Diversas Associações Veterinárias em todo o mundo, há anos, vem preconizando reforços vacinais com intervalos superiores a 3 anos, 7 anos e em muitos casos sem nenhum reforço após as primovacinações. É chegada a hora da classe veterinária se posicionar com relação às evidências de novas pesquisas na área de imunologia veterinária e repensarem seus protocolos vacinais.
 

A política, a tradição, o bem estar econômico de veterinários e de empresas farmacêuticas não devem ser um fator na tomada de decisões médicas. Torna-se imprescindível hoje em medicina, reduzir-se as incertezas e riscos, melhorar a eficiência,a viabilidade, os custos e a segurança dos procedimentos médicos. Precedentes históricos, crenças e interesses devem ser substituídos por pesquisas científicas na área médica com o intuito de criar-se um elo entre a boa ciência e a boa prática clínica. Para isso é importante a participação do usuário( no caso da veterinária, do proprietário do nosso paciente) na tomada de decisão relacionada ao tratamento e profilaxia das doenças...VAMOS REPENSAR, DESFAZER ANTIGOS PARADIGMAS, CRIAR NOVAS POSSIBILIDADES.

CAPÍTULO 9 


PROFILAXIA VACINAL E VACINOSE

A vacinação consiste na utilização do agente causador da doença, seja de forma atenuada (vírus vivos), inativada (vírus morto) ou ainda por produtos derivados de toxinas bacterianas (bacterinas), introduzidos no organismo sob a forma parenteral (injetável) na maioria das vezes, ou por administração oral ou nasal. A finalidade do uso de tais produtos é de provocar no organismo que a recebe, uma imunização ativa artificial (PUSTIGLIONE, 1993).

O produto utilizado na vacinação encontra-se não dinamizado e ainda utiliza muitos agentes conservantes e adjuvantes (alumínio, thimerosal e formaldeído, entre outros), assim como antibióticos e proteínas estranhas anexadas ao produto após passagem por células embrionárias de galinha, patos, macacos e outros (MOTTA et all, 2003).

A segurança, a necessidade e a eficácia das vacinas comerciais e seus protocolos de utilização, vem sendo questionados há muitos anos por alopatas e homeopatas em todo o mundo, seja em medicina humana, seja em medicina veterinária.
 

Segundo Burnett, homeopata francês que criou o termo, vacinose seria uma doença crônica decorrente de vacinação (apud TEIXEIRA, 2003). Outra descrição mais completa seria a do Doutor Pitcairn, quando enfatiza a ação da energia vital na dinâmica da vacinose:
[...] distúrbio da força vital em decorrência de vacinação e que resulta em alterações mentais, emocionais e físicas que podem em alguns casos, estabelecer uma condição permanente [...] a vacinação também tem a habilidade de bloquear a resposta ao remédio constitucional, obstaculizando a cura de um medicamento adequadamente eleito, segundo a totalidade dos sintomas (PITCAIRN, 2007b, pg 03).

Em sua prática clínica, refere haver um significante número de casos que não reagem adequadamente ao medicamento no caminho da cura, devido ao estabelecimento de doença crônica (miasma crônico) decorrente de vacinação e alega ser o processo de modificação laboratorial à que o agente é submetido na fabricação da vacina, assim como a utilização de conservantes, adjuvantes e antibióticos, os grandes responsáveis pela conversão de uma doença aguda em crônica, neste caso chamada vacinose (PITCAIRN, 2007b).

Pitcairn ainda sugere que em decorrência de vacinações repetidas, doenças agudas como Cinomose mudaram sua forma de apresentação aguda para crônica.

O médico veterinário Don Hamilton, no artigo intitulado “Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats” também sugere, que vacinas protegem contra doenças agudas, não prevenindo a doença, mas mudando a forma da doença para uma doença crônica. 
Exemplifica tal fato citando a Doença Inflamatória Intestinal ou Inflammatory Bowel Disease (IBD) em gatos, como uma doença autoimune intestinal responsável por um estado crônico de diarreia e por vezes vômitos, como resultado da vacinação contra Panleucopenia, cuja sintomatologia mais evidente seria uma má função do trato digestivo, de progressão rápida. Neste caso, além da má função intestinal, com diarréia e vômito, comum a Panleucopenia e ao IBD, faz correlação também entre os baixos níveis de leucócitos encontrados na Panleucopenia e a imunodeficiência encontrada na Leucemia Felina e na Imunodeficiência Felina. Similar conexão tem sido proposta entre Cinomose Canina, Tosse dos Canis e Parvovirose canina já que a Cinomose apresenta tanto sintomas respiratórios como a tosse crônica da Tosse dos Canis, como diarréia severa e vômitos, presente na Parvovirose. Outra conexão importante seria entre as parvoviroses canina e felina (panleucopenia), sugerindo um incremento na vacinação de parvovírus canino nas últimas duas décadas em contraste com a mais longa história de vacinação contra Panleucopenia. Finalmente, são propostas conexões entre a vacinação contra a Raiva e o aumento nas alterações comportamentais de pânico e agressividade em animais. Todas estas manifestações crônicas estariam associadas ao incremento dos programas vacinais em animais de companhia nas últimas duas décadas (HAMILTON, 2007).

Segundo Little, os sintomas da vacinose em humanos, podem incluir febre, convulsões e outras sérias queixas na forma de crises agudas imediatas ou na forma de miasma crônico, podendo produzir sintomas mais severos após meses ou anos da inoculação da vacina e que em muitos casos, a responsabilidade por tal quadro crônico, cairá sobre outras causas ou será considerada idiopática, pela medicina ortodoxa tradicional. Os efeitos crônicos da moderna imunização produzem três síndromes associadas com danos cerebrais, identificadas em humanos: Síndrome Pós Encefalite (PES), Encefalite Pós Vacinal (PVE), e Dano Cerebral Mínimo (MBD). Todas estas três síndromes vêm sendo associadas ao grande incremento de autismo, dislexia, hiperatividade, dificuldades de aprendizado e desordens neurológicas, a partir da introdução de programas obrigatórios de vacinação humana em todo o mundo. Outros sintomas relacionam-se a processos alérgicos como atopia, rinite e asma; artrites, neurites, dor, paralisia muscular; otites crônicas recidivantes, conjuntivites; esclerose múltipla, mielite, desmielinização, convulsões; desordens tiroideanas, hepatite crônica, falha renal, cistite, doenças do trato urinário, disfunção do sistema imune e doenças autoimunes, assim como muitas outras afecções relatadas por médicos alopatas e homeopatas no mundo todo. Alterações nos padrões naturais de sono, de alimentação e comportamentais seriam sintomas latentes da vacinose. Cada vacina apresenta sintomas agudos, latentes e crônicos dos quais somente os agudos a escola ortodoxa associa a efeitos vacinais (LITTLE, 2007b).

A conexão entre os eventos distantes (vacinação) e eventos recentes (novas doenças) não são vistas pela medicina alopática como eventos relacionados, mas segundo os vários autores já citados, cada vacina tem o potencial de produzir uma síndrome insidiosa de sintomas algo similar à doença da qual foi feita, produzindo enfermidades iatrogênicas das mais diversas.

Os protocolos vacinais, em medicina veterinária, são extremamente agressivos. Anualmente, cada cão toma em média de 9 a 13 vacinas por ano na forma de reforços vacinais. Os gatos recebem aproximadamente 5 vacinas ao ano. O sistema imune do animal é invadido por substâncias estranhas, por uma via diferente da infecção natural, com diversos estímulos antigênicos concomitantes sobrecarregando-o de forma ainda pouco elucidada.


Outro Artigo Cobre a Vacinação em Demasia

A carta abaixo foi publicada no Veterinary Times em janeiro de 2004 e foi escrita por um grupo de veterinários ingleses com o intuito de chegar ao maior número de veterinários possível. A preocupação do grupo foi em chamar a atenção aos excessos de reforços vacinais, praticados pela classe veterinária em todo o mundo. Fiz esta modesta tradução e a fonte está no final do texto.
BOA REFLEXÃO!!!!


Querido Editor

Nós abaixo assinados desejamos apresentar-lhe nossa preocupação a luz da nova evidência recente sobre protocolos vacinais.

O informe do American Veterinary Medical Association Committee deste ano diz que “a recomendação de vacinação anual que se encontra frequentemente em muitos prospectos vacinais esta baseada em precedente histórico e não em dados científicos.”

Em JAVMA, em 1995, Smith escreve que “ há evidência de que alguma vacinas conferem imunidade além de um ano.De fato, segundo investigação não há prova de que muitas das vacinações anuais sejam necessárias e que a proteção em muitos casos pode ser por toda a vida” e também, “A vacinação é um procedimento médico potente com tantos benefícios como riscos para o paciente”; inclusive que, “A revacinação de pacientes com imunidade suficiente não agrega de forma mensurável a sua resistência a enfermidade, e pode incrementar o risco de eventos adversos pós-vacinais.”'

Finalmente, ele diz que: “ Os eventos adversos podem estar associados ao antígeno, ao adjuvante, ao portador, ao conservante ou a uma combinação dos mesmos. Os eventos adversos possíveis incluem falha em imunizar, anafilaxia, imunossupressão, desordens autoimunes, infecções temporais e/ou estados infectados de portador a longo prazo.

O Informe da American Animal Hospital Association Canine Vaccine Taskforce em JAAHA (39)(Março/Abril 2003) è também uma leitura interessante: “ Os conhecimentos atuais sustentam a afirmação de que nenhuma vacina é sempre protetora e nenhuma vacina está sempre indicada” ; “Mau entendidos, informação falsa e a natureza conservadora de nossa profissão tem lentificado universalmente a adoção de protocolos que defendam uma frequência de vacinação reduzida”; “ A memória imunológica confere durações de imunidade frente às enfermidades infecciosas fundamentais, que excedem em muito as recomendações tradicionais de vacinação anual. Isto está sustentado por uma quantidade crescente de informações veterinárias, assim como vigilância epidemiológica bem desenvolvida em medicina humana que indica que a imunidade conferida por vacinação é extremamente duradoura e, na maioria dos casos, por toda a vida”.

Mais ainda, a evidência mostra que a duração da imunidade para a vacina de raiva, a vacina da cinomose canina, a vacina da parvovirose canina, a vacina da panleucopenia felina, a da rinotraqueíte e calicivirose felinas, tem sido todas demonstradas de serem de no mínimo sete anos, por sorologia para a raiva e por estudos coorte para todas as demais.

Os veterinários abaixo firmados, aceitam plenamente que nenhum resultado isolado tem tido maior impacto nas vidas e bem estar de nossos pacientes, nossos clientes e nossa capacidade para prevenir enfermidades infecciosas que os alcançados nas vacinações anuais. Contudo, apoiamos plenamente as recomendações e guias da American Animal Hospitals Association Taskforce, para reduzir os protocolos vacinais para cães e gatos , de modo que os reforços vacinais se deem somente a cada três anos, e somente para as vacinas fundamentais a não ser que se justifique cientificamente de outro modo.

Além disso, sugerimos que a evidência atualmente disponível em breve levará a que os seguintes fatos sejam aceitos:

- Os sistemas imunes de cães e gatos amadurecem completamente aos 6 meses e qualquer vacina a vírus vivo modificado (MLV) dada depois dessa idade, produz imunidade que é válida para toda a vida deste mascote.

- Se se administra outra MLV um ano depois, os anticorpos da primeira vacina neutralizam os antígenos da vacina subsequente de modo que há pouco o nenhum efeito; o mascote não recebe um empurrão, nem se induzem mais células de memória.

- Não só são as revacinações anuais frente a cinomose e parvovírus canina desnecessárias, como expõem o mascote a riscos potenciais de reações alérgicas e anemia hemolítica autoimune.

- Não há documentação científica que respalde as recomendações dos prospectos de administração anual de vacinas MLV.

- Os filhotes de cães e gatos recebem anticorpos através do leite materno. Esta proteção natural pode durar de oito a quatorze semanas.

- Os filhotes de cães e gatos NÃO deveriam ser vacinados antes das oito semanas de vida. A imunidade maternal neutralizará a vacina e se conferirá muito pouca proteção.

- A vacinação às seis semanas de vida, retarda o tempo da primeira vacina eficaz.

- As vacinas administradas a intervalos de duas semanas SUPRIMEM em lugar de estimular o sistema imune.

Isto daria novas possíveis guias para o que se segue:
1. Uma série de vacinações se dá começando às oito semanas de idade ( ou preferencialmente mais tarde) e administrandas a intervalos de três a quatro semanas, até as 16 semanas de idade.

2. Um reforço mais se administra em algum momento depois dos seis meses de idade e então se conferirá imunidade por toda a vida.

A luz dos dados de que dispomos atualmente, que demonstra o uso desnecessário e o dano potencial das vacinações anuais, fazemos apelo a nossa profissão a que se cesse a política de vacinações anuais.

Podemos perguntar-nos porque os clientes estão perdendo a fé nas vacinas anuais e investigando o assunto por sua conta? Cremos que estão certos ao fazê-lo. A política, a tradição, o bem estar econômico dos veterinários ou das empresas farmacêuticas não devem ser um fator na tomada de decisões médicas.

Se aceita que o exame anual de um mascote é aconselhável. Nos subestimamos se imputamos este serviço essencial atrás da vacinação e terminamos pagando as consequências. Temos que esperar até que vejamos denúncias contra os veterinários, tais como as interpostas no estado do Texas pelo Dr. Robert Rogers? Ele defende que a prática presente de marketing de vacinações para animais de companhia constitui fraude por má representação, fraude por silêncio e roubo ou engano.

O juramento que fazemos como veterinários recém qualificados é ajudar, ou ao menos não danar. Desejamos manter nossa posição na sociedade, e sermos merecedores da confiança depositada em nossa profissão. É por tanto nossa luta que aqueles que continuem administrando vacinas anuais a luz da nova evidência, podem estar perfeitamente atuando de modo contrário ao bem estar dos animais confiados aos seus cuidado
s.

Veja neste link as Recomendações da American Animal Hospital Association para a frequência de aplicações de vacinas em cães e gatos

Atenciosamente

Richard Allport, BV
etMed, MRCVS
Sue Armstrong, MA BVetMed, MRCVS
Mark Carpenter, BVetMed, MRCVS
Sarah Fox-Chapman, MS, DVM, MRCVS
Nichola Cornish, BVetMed, MRCVS
Tim Couzens, BVetMed, MRCVS
Chris Day, MA, VetMB, MRCVS
Claire Davies, BVSc, MRCVS
Mark Elliott, BVSc, MRCVS
Peter Gregory, BVSc, MRCVS
Lise Hansen, DVM, MRCVS
John Hoare, BVSc, MRCVS
Graham Hines, BVSc, MRCVS
Megan Kearney, BVSc, MRCVS
Michelle L'oste Brown, BVetMed, MRCVS
Suzi McIntyre, BVSc, MRCVS
Siobhan Menzies, BVM&S, MRCVS
Nazrene Moosa, BVSc, MRCVS
Mike Nolan, BVSc, MRCVS
Ilse Pedler, MA, VetMB, BSc, MRCVS
John Saxton, BVetMed, MRCVS
Cheryl Sears, MVB, MRCVS
Jane Seymour, BVSc, MRCVS
Christine Shields, BVSc, MRCVS
Suzannah Stacey, BVSc, MRCVS
Phillip Stimpson, MA, VetMB, MRCVS
Nick Thompson, BSc, BVM&S, MRCVS
Lyn Thompson, BVSc, MRCVS
Wendy Vere, VetMB, MA, MRCVS
Anuska Viljoen, BVSc, MRCVS, y
Wendy Vink, BVSc, MRCVS

Aqui, tomo a liberdade de incluir o meu nome, já que compartilho destas ideias e as aplico na minha clínica do dia a dia.

Carmen L. Cocca de Resende
Méd. Veterinária Homeopata


Referências:

http://www.blog.bichointegral.com.br/search/label/VACINAS

http://www.weim.net/homeovet/dsp/vac6.htm

http://www.maedecachorro.com.br/2010/08/um-pouco-mais-sobre-vacinas-para-caes-e-gatos-e-a-polemica-das-recentes-mortes-no-brasil.html

PUSTIGLIONE, M. Homeopatia & Cuidados Básicos de Saúde. 1. ed. São Paulo: Dynamis Editorial, 1998

MOTTA, T.T.P e SCHOENMAKER, N.G.M. A vacinação na Prática Homeopática – Uma revisão Bibliográfica. Revista de Homeopatia, vol 68, 2003


TEIXEIRA, M.ZULIAN. Fundamentação Imunológica da Teoria das Vacinoses. Revista de Homeopatia (Publicação Associação Paulista de Homeopatia) vol.68, no.1-2/2003, pág 29-46


PITCAIRN,R.H. A New Look at the vaccine Question. Disponível em http://www.drpitcairn.com/talks/looking_at_vaccines.html , acesso em : 02/03/2007b


HAMILTON, D. Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats. Disponível em: http://www.shirleys-wellness-cafe.com/petvacc2.htm#hamilton , acesso em 01/07/2007


LITTLE, D. The Prevention of Epidemic Diseases by Homeopathy. Disponível em: http:// www.simillimum.com/education/little-library/index.php , acesso em: 22/06/2007b